Terminei Pokémon Snap! e é o melhor dentre todos os 10 jogos lançados para o Nintendo 64. Simulador de biólogo de instagram. Nintendo visionária.
Sempre achei que o protagonista do jogo, Todd, fosse o Ritchie do anime, aquele que rapela o Ash na primeira liga pokémon. Só quando fui ver na 42ª reprise de Pokémon na Record o episódio do “captar um pokémon” que eu descobri que o Todd existia numa instância corpórea separada do tal Richie.
Um pensamento aleatório que há uns meses atrás caiu sobre mim igual sua mãe, aquela paraquedista profissional: O charmander do Ritchie não é italiano.
Os pokémon dele, dos quais metade eram os mesmos do Ash (pois os tiers do metagame de pokémon já davam sinais de desgaste), tinham nomes. Afinal ele era o único personagem do anime inteligente o bastante pra colocar adesivos em suas pokébolas pra não perder; dar nome pros pokémon era o mínimo. Lembram o nome do charmander dele? Zippo.
Em minha genialidade linguística típica de um senhor de nove anos de idade, eu achava que era algum nome italiano. O que implicaria na canonicidade da Itália, do Império Romano e do cantor Andrea Boccetta no mundo pokémon.
Foi depois de alcançar a idade matusalênica de vinte e poucos anos que descobri que Zippo é uma marca-modelo de isqueiro. Que aparentemente é antiga o bastante pros cara poder usar o nome tranquilamente num desenho animado.
Apesar de parecer, não, o nome “Zippo” não é australiano italiano. Um diminutivo da palavra “zipper”, essa porra é americana, como todas as coisas ruins do mundo, tal como irresponsabilidade no uso de antibióticos, o desenho animado de W.I.T.C.H. e o charmander.
O charmander do Ritchie é americano. Infelizmente teremos que sacrificá-lo.